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ESG no setor agroalimentar: como aprimorar práticas do agronegócio

Você já deve ter se deparado com a sigla ESG (Environmental, Social and Governance). Trata-se de um conjunto de práticas que devem ser aplicadas ao setor agroalimentar para garantir um desenvolvimento mais sustentável. 

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Dada a importância do agronegócio para o Brasil, o ESG no setor agroalimentar apresenta um aumento de iniciativas com foco em um crescimento contínuo e sustentável. Além disso, o setor tem uma grande participação de exportação dos seus produtos, o que nos leva a uma demanda de controles mais rigorosos de processos produtivos.

As exportações para os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE), por exemplo, contam como limitações aos produtos brasileiros por barreiras sanitárias e regulamentos técnicos. Entre as 77 barreiras comerciais qualificadas e notificadas, levantadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 10 estão relacionadas aos critérios ESG. 

É notável, também, a mudança do olhar do consumidor para o que estão consumindo. Todas essas questões estão relacionadas ao ESG no setor agroalimentar e é imprescindível que as empresas conheçam e se adequem. Se você quer entender melhor sobre o assunto e como aprimorar as práticas ESG no seu negócio, continue a leitura para saber mais. 


O que é ESG?

Do inglês Environmental, Social and Governance, em português podemos encontrar como, ASG, Ambiental, Social e Governança. A sigla traz três pilares que são um conjunto de práticas que devem ter a sua visibilidade e sua importância dentro de todas as empresas. 

As temáticas de cada pilar são recomendações da Sustainability Accounting Standards Board (SASB). Trata-se de uma organização sem fins lucrativos que desenvolve padrões de contabilidade de sustentabilidade, com a missão de estabelecer padrões de divulgação específicos do setor em tópicos ESG. 

O objetivo é facilitar a comunicação entre empresas e investidores sobre informações financeiras relevantes e úteis para decisões. 

Porém, o termo foi apresentado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. Esses critérios estão totalmente relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.


Pilares do ESG

Os três pilares do ESG fazem as empresas pararem e analisarem qual o impacto das mesmas para o planeta. São pontos que demonstram o quanto elas contribuem para a comunidade onde estão instaladas e como seus negócios são conduzidos.

Abaixo, você pode conferir cada um deles e os seus desdobramentos. 


Ambiental

O pilar Ambiental traz pontos de como uma empresa pode reduzir o impacto ambiental que ela gera:

  • Diminuição da emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE): busca diminuir a emissão de gases como Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4) e Óxido Nitroso (N2O), que fazem a temperatura média terrestre subir. Reduzi-los implica no controle do aquecimento global.
  • Gestão de Resíduos: conjunto de procedimentos e ações que visam otimizar etapas de armazenamento, coleta, tratamento, transporte, destinação e disposição final dos resíduos produzidos por processos industriais.
  • Gestão de Energia: busca por métodos mais sustentáveis e menos poluentes de energia.
  • Diminuição do Desmatamento: visa práticas sustentáveis e necessárias para conter o desmatamento.
  • Conservação do Solo: conjunto de princípios e técnicas agrícolas que visam o manejo correto das terras cultiváveis, evitando a erosão em todas suas formas.
  • Gestão de Recursos Hídricos: procura cuidar da origem e destino dos recursos hídricos utilizados na produção do alimento.
  • Conservação da Biodiversidade: assegurar a diversidade de organismos vivos, incluindo os ecossistemas terrestres e aquáticos.


Social

No Social, as temáticas tratam pontos a respeito do capital social da empresa, com iniciativas de bem-estar de profissionais e fornecedores,  como:

  • Direitos Humanos: conhecer e respeitar os Direitos Humanos.
  • Relações com a Comunidade: respeitar a comunidade em que estamos inseridos.
  • Privacidade do Cliente e Segurança de Dados: prezar pela privacidade dos dados dos seus clientes e colaboradores, respeitando leis como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
  • Acesso e Acessibilidade: pensar nas condições para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, de todos.
  • Igualdade de Gênero: ambiente livre de preconceitos e discriminações.


Governança

Já a Governança traz pontos de melhores prática de gestão e ética empresarial, como:

  • Comportamento Competitivo: busca pela melhoria contínua visando crescimento de resultados.
  • Gestão do Jurídico e Ambiente Regulatório: ambiente que concilie a saúde econômico-financeira das empresas com as expectativas e exigências do mercado.
  • Gestão sistêmica de riscos: gestão de riscos e compliance.
  • Transparência: acessibilidade às informações institucionais referentes a assuntos que afetem seus interesses (stakeholders).

 

A relação entre ESG e setor agroalimentar

O Brasil é destaque entre os players mundiais do agronegócio. Nosso país é líder em produção e exportação de diversas commodities agropecuárias. Ademais, previsões do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), indicam que o PIB do setor avançará 8% em 2023.

Este é o ponto em que atributos de ESG se tornam indispensáveis para que o setor prospere, pois espera-se cada vez mais que isso aconteça com sustentabilidade e ética. Isso indica o quanto ainda temos que evoluir nesse sentido. A competitividade global impõe desafios que podem ser transformados em oportunidades, como:

  • a mudança de comportamento do consumidor, que exige cuidados com o meio ambiente;
  • aperfeiçoamento de infraestrutura e logística;
  • transformação digital dos processos. 

Os negócios orientados por essas três perspectivas certamente estarão aptos a receber atenção de investidores estratégicos e irão conquistar um destaque maior no mercado. 

 

ESG no agronegócio: quais ações devem ser tomadas

Retomando alguns aspectos que abordamos há pouco falando sobre os pilares, podemos chegar a algumas sugestões do que deve ser feito para aplicar tais diretrizes no cotidiano de empresas e indústrias, garantindo o ESG no setor agroalimentar. Confira quais são a seguir.


Identificar os riscos críticos

Antes de mais nada, é necessário analisar as rotinas e identificar quais são os fatores que, a curto e médio prazos, podem ser críticos à produção. Por exemplo: o aumento de um cultivo demanda mais água e energia. Em vez de gastar dinheiro em contas mais caras, uma boa saída é investir em fontes renováveis para obter esses recursos. 

Fazer o mapeamento dos processos, compreender a realidade de um negócio em sua totalidade e trabalhar com projeções a médio e longo prazos são iniciativas bem-vindas nesse ponto!


Transparência em toda a cadeia de suprimentos

Não são apenas os produtores que devem se preocupar com aspectos de ESG na cadeia agroalimentar. Pelo contrário, o compliance ambiental é responsabilidade de toda a cadeia de suprimentos.

Afinal, se todos tiverem valores ambientais e sociais como critério de escolha, o movimento por mudanças se torna maior e mais rápido, trazendo ganhos para todos os envolvidos.

Por essa razão, apostar em rastreabilidade e entender se todos os elos com os quais seu negócio se relaciona (varejo, distribuidores, fornecedores e indústrias) valorizam atitudes nesse âmbito, por exemplo, é um passo fundamental.


Monitoramento de indicadores e gestão responsável

A  mentalidade das camadas de liderança deve estar voltada ao impacto positivo de iniciativas de ESG no agronegócio. Inspirar a cadência das práticas e ter abertura para viabilizar investimentos nessa frente é primordial para agilizar mudanças.

Estabelecer metas e contar com soluções de tecnologia que favoreçam o acompanhamento de indicadores e a performance das ações é outro ponto de execução que pode fazer toda diferença.


Investir em tecnologia e modernização

Protocolos nacionais e internacionais estão em constante atualização, e a cada dia mais rigorosos com controle dos alimentos. Para obter certificações de qualidade e segurança e, consequentemente, seguir padrões que atendam princípios ESG, você e sua equipe precisam estar atentos a uma série de detalhes. 

A maneira mais apropriada de contar com procedimentos que se adequem a padrões de excelência e eficiência operacional para fazer as devidas verificações é a digitalização de procedimentos. 

Isso se refere a casos como auditorias, fichas técnicas e outros registros digitais que podem garantir dados qualificados e transparentes em toda a cadeia agroalimentar

A recomendação vale tanto para propriedades rurais quanto para indústrias e supermercados. Com maior controle e assiduidade, é possível ajustar processos e encontrar novas oportunidades de redução dos impactos socioambientais. 


Motivos para implementar o ESG no setor Agroalimentar

Em uma pesquisa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) sobre Inovação e Competitividade do Agronegócio, feita em 2020, foram destacados pontos dos principais desafios para a competitividade do agronegócio, em primeiro lugar, veio a infraestrutura do país e em segundo lugar, a governança e gestão.

Além disso, como já mencionado, a exportação de produtos do agro no Brasil tem uma grande relevância na balança comercial do país. Com isso, tem-se a grande responsabilidade de entregar produtos seguros e de qualidade para os importadores. 

Ter boas práticas bem estabelecidas, como o ESG, é essencial para a negociação, para demonstrar que a empresa exportadora se importa tanto com os padrões mundiais, quanto com os padrões estabelecidos pela própria importadora.

Outro fator que é muito falado e muito relevante para a implementação do ESG é para conseguir acesso a investimentos. Investidores estão de olho nas empresas que prezam por todos os pontos do ESG, porque sabem que essas empresas vão prosperar no mercado.

Em uma pesquisa apresentada pela PwC Brasil, 47% dos respondentes afirmam que o acesso às informações de ESG é tão importante quanto informações financeiras da empresa. Ou seja, por enquanto, podemos tratar o ESG como um diferencial. Mas, em breve, ter as boas práticas implementadas será essencial.


Como a tecnologia pode apoiar práticas ESG no agronegócio

Agora que você já compreendeu a importância e a visibilidade que a implementação das práticas ESG no setor agroalimentar trará para o seu negócio, é hora de entender como demonstrar para clientes e investidores que essas práticas estão sendo bem seguidas.

Para que isso aconteça, manter rotinas de monitoramento em todos os processos da sua empresa é essencial. Desde a compra ou a produção do alimento até registros dos processos da gestão da qualidade dos seus produtos e processos. 

Assim, o cliente saberá todo o caminho que o produto percorreu e terá acesso à documentação de históricos e aos registros da sua empresa. Desta maneira, você pode começar a focar na transparência de todos os seus processos, estabelecendo o rastreamento e registros de todas as suas ações.

Construa políticas internas para te auxiliar e dar um norte a você e aos seus colaboradores para buscar as melhores práticas dentro da sua empresa. Entenda quais são as causas sobre as quais você quer se posicionar e se atente a elas.

Audite seus fornecedores para ver se eles também estão de acordo com as suas necessidades. E esteja pronto para também ser auditado, quando necessário, com todos os registros e históricos que comprovem que você está atento às boas práticas do ESG.


O papel de tecnologias de rastreabilidade e verificações digitais

Uma boa estratégia para iniciar práticas de ESG no setor agroalimentar é apostar na digitalização a seu favor, com softwares que armazenam seus históricos de compras e transações, além de aplicar métodos de rastreabilidade no seu negócio. 

Um exemplo desse software é o Rastreador Paripassu, uma solução  destinada a trazer agilidade e legitimidade à implementação de práticas de ESG no setor agroalimentar, com funcionalidades como:

  • geração de códigos de rastreabilidade para produtos, seguindo a legislação INC 02/18;
  • compatibilidade para impressão de etiquetas cumprindo padrões legais de identificação;
  • disponibilidade de informações dos produtos para todos os elos da cadeia;
  • possibilidade de receber avaliações e comentários dos consumidores;
  • geolocalização dos produtos;
  • gestão de certificados e auditorias de forma automatizada.

O Rastreador PariPassu é uma tecnologia que valoriza e traz visibilidade às práticas de ESG ao armazenar as informações de toda a jornada do alimento, desde a saída do campo até a mesa do consumidor

Os registros de origem e destino de cada lote também facilitam processos de recall e a adequação total às legislações vigentes, o que faz parte do escopo de atitudes alinhadas aos princípios ESG. 

Para finalizar, a solução da PariPassu reduz quebras e rupturas de gôndola, uma vez que os processos de envio e recebimento de produtos, controles de entrada, preços de compra, venda e descarte podem ser melhor gerenciados pelo sistema.

Um sistema como esse fornece visibilidade às informações de que você e sua equipe precisam para tomarem decisões, buscarem inovações e efetivarem os devidos ajustes com base em  legislações vigentes.

Se você quer saber mais sobre o Rastreador PariPassu e começar a utilizar no seu negócio, fale com um especialista!