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Recall de alimentos: o que é e como fazer?

O recall de alimentos – que ao pé da letra é um “chamado de volta do produto à empresa” – serve para prevenir os consumidores de possíveis riscos relacionados a determinado produto. Ou seja, essa prática está diretamente relacionada à saúde e segurança do cliente.

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Neste conteúdo, vamos explicar o conceito de recall e quando fazê-lo. Além disso, falaremos também de como se prevenir dos impactos financeiros desta prática, contando com ferramentas para otimizar as operações de rastreabilidade dos produtos. Vamos lá!

O que é o recall de alimentos?

O recall de alimentos é um conjunto de ações que visam corrigir determinados problemas em produtos alimentícios. Para tanto, o processo de recall consiste em recolher dos canais de distribuição e das prateleiras dos supermercados o lote do produto em que as falhas foram evidenciadas.

Normalmente, essas falhas estão relacionadas à contaminação por meio de perigos físicos, químicos ou biológicos, ou uso de matéria-prima acima dos limites permitidos pela legislação. Os problemas costumam ser identificados a partir de reclamações dos consumidores ou mesmo nas avaliações internas da empresa.

Para que serve o recall de alimentos?

O objetivo do recall de alimentos é preservar a saúde, integridade e segurança dos consumidores. Tanto que existem normas específicas definidas pela Anvisa para essa operação. Essas normas estão descritas na RDC 24/2015, que explica como os segmentos da cadeia alimentícia devem proceder ao identificarem alguma situação de risco que demande o recall.

Alguns dos fatores que levam à necessidade do recall são as falhas nos processos de produção e no monitoramento dos alimentos. Em resumo, podemos citar os seguintes erros como os mais comuns:

  • Não conformidade com as Boas Práticas de Fabricação (BPF);
  • Não conformidade com os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) internos;
  • Falta de um plano APPCC;
  • Deficiências nas instalações para manutenção dos alimentos;

Esses erros geram impactos financeiros significativos para a empresa. Por isso é tão importante se antecipar aos gargalos da operação para se prevenir dos custos atrelados ao recall.

Afinal, quando determinado lote de produtos precisa ser recolhido, isso gera despesas relacionadas à logística, à notificação dos órgãos reguladores, à recuperação dos produtos, à investigação dos fatores que ocasionaram o problema, entre outras despesas associadas.

Quer saber mais sobre os impactos financeiros do recall? Veja como se prevenir dos riscos e aprimorar a segurança dos processos na cadeia agroalimentar.


Boas práticas para a realização de recall de alimentos

A seguir, detalhamos algumas práticas necessárias no procedimento de recall.

Comunicação com a Anvisa

Ao identificar as falhas que levaram à necessidade do recall de alimentos, é preciso que a empresa notifique a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para dar início ao processo de recolhimento. Isso inclui a imediata suspensão de comercialização e retirada dos produtos das gôndolas.

Vale lembrar que a identificação da necessidade de recall também pode ser feita pela própria Anvisa, que muitas vezes é quem primeiramente percebe, ou é comunicada, a falha. Mas, no caso de o processo de recall ser iniciado espontaneamente pela empresa, a notificação para a Anvisa deverá ser enviada para o seguinte endereço eletrônico: recolhimento.alimentos@anvisa.gov.br.

Assim que os lotes dos produtos com falhas forem localizados pelo órgão, o processo de recolhimento é iniciado nos pontos de venda – e também com o consumidor final, nas situações em que o produto já foi adquirido. Vale lembrar que, identificadas as falhas, o processo de recolhimento deve ocorrer o mais rapidamente possível, visando, sobretudo, preservar a saúde dos consumidores.

Eliminação dos lotes com falhas

Depois que os produtos identificados com falhas forem recolhidos, o passo seguinte é eliminar, corretamente, os respectivos lotes ou bloquear a destinação dos produtos, caso a logística de distribuição já esteja em andamento. 

É importante lembrar que, se o problema em questão estiver relacionado à contaminação nos produtos, fica terminantemente proibida a prática do reprocessamento.

Aprimoramento de processos internos

Como vimos, a necessidade de um recall gera impactos financeiros na cadeia de alimentos. Nesse sentido, uma prática fundamental para se blindar desses riscos é aprimorar alguns procedimentos internos – seja para otimizar a logística de recolhimento quando as falhas já foram identificadas, seja para evitar que esse inconveniente aconteça.

Hoje em dia, em plena era das transformações digitais, as empresas têm as ferramentas como grandes aliadas na organização de seus processos internos. Os dispositivos que otimizam a rastreabilidade dos produtos na cadeia de alimentos são um exemplo de tecnologia que acelera a operação de recall.

Da mesma maneira, essas ferramentas dão mais acurácia e precisão aos procedimentos padrões. Isso ajuda a evitar falsas evidências de um recall, blindando a empresa de prejuízos maiores. Os consumidores também saem ganhando com a implementação de processos de gestão mais inteligentes, já que isso influencia no controle de qualidade dos produtos e, consequentemente, na satisfação do consumidor final.

Vale destacar que o aprimoramento dos processos internos está relacionado a uma importante questão de saúde pública, no sentido de acelerar o recolhimento de produtos que possam colocar em risco a segurança da população. Nesse âmbito, podemos destacar ainda outras práticas internas que auxiliam na prevenção da saúde do consumidor, por exemplo:

  • Avaliação constante da integridade dos lotes dos produtos;
  • Execução dos procedimentos completos de limpeza e higienização nas empresas;
  • Validação dos documentos que atestam o cumprimento das normas de segurança do estabelecimento;
  • Implementação de protocolos de comunicação interna, de modo a manter as equipes sempre alinhadas e de prontidão para corrigir os eventuais gargalos operacionais.

Recall e rastreabilidade: qual a relação?

A rastreabilidade de alimentos é o mecanismo que evidencia as informações mais relevantes para um controle de origem efetivo. Nessa operação, é possível identificar os dados de origem das matérias-primas e todo o caminho percorrido pelos produtos na cadeia de alimentos.

Não à toa, o ramo alimentício é um dos que mais se beneficia dos dispositivos digitais que otimizam o processo de rastreabilidade. Afinal, esse segmento exige um controle de qualidade muito criterioso, de modo acelerar operações internas, evitar qualquer tipo de negligência e contribuir para a segurança do consumidor final.

É nesse sentido que a rastreabilidade está relacionada com o processo de recall de alimentos. Para não haver erros ou falsas evidências na operação de recall, é preciso que todas as etapas da cadeia estejam devidamente rastreadas. É por isso que contar com tecnologias de ponta é tão importante para tornar esse processo plenamente confiável.

Garanta a rastreabilidade com o apoio da tecnologia

Um bom suporte tecnológico auxilia as empresas na implementação de práticas de gestão mais assertivas, as quais são indispensáveis para um controle de qualidade efetivo. Isso minimiza a necessidade de um eventual recall de alimentos e, consequentemente, preserva o empreendimento dos impactos financeiros da operação.

Nesse âmbito do controle financeiro, crescimento sustentável da empresa e prevenção de recall, pontuamos algumas práticas que auxiliam na condução de uma gestão mais estratégica e otimizada.

Práticas para prevenção de recall

  • Homologação e cadastro de fornecedores: uso de ferramentas para aprimorar a relação com os fornecedores, verificando as melhores opções em uma base de dados atualizada e confiável;
  • Monitoramento da qualidade das matérias-primas: realização de análises laboratoriais em conformidade com as legislações para obter os laudos técnicos necessários;
  • Treinamento dos colaboradores da empresa: orientação das melhores práticas na condução dos procedimentos padrões para aprimorar as operações internas, como manuseio adequado, distribuição nas gôndolas etc.;
  • Mecanismos de rastreabilidade efetivos: uso de sistemas digitais avançados para rastrear a cadeia de alimentos de forma adequada, otimizando o controle de qualidade e a logística em caso de necessidade de recall.

Todas essas práticas, aliadas ao investimento em tecnologia de ponta, contribuem para a fluidez das operações nas diversas etapas da cadeia de alimentos. O resultado desse processo inclui o aumento na produtividade das equipes, a agilidade no trabalho do gestor e a segurança do consumidor final.

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