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O agronegócio: pilar da economia brasileira

O termo agricultura é usado para caracterizar a produção agrícola desde o abastecimento dos insumos que são utilizados nos campos de produção até a industrialização e a distribuição. Porém, nas últimas décadas o setor passou por diversas mudanças econômicas, herdando o nome de agronegócio ou agribusiness, que é o termo usado para denominar todo um conjunto de fatores econômicos incorporado à produção agropecuária, contendo as instituições que contribuem com o setor.

Identificado como um importante pilar da economia brasileira, a relevância desse complexo para a economia nacional pode ser medida por indicadores da magnitude de um produto interno bruto (PIB), que é uma medida de valor dos bens de serviços que um determinado país produz num período, na agropecuária, indústria e serviços. E o agronegócio conta com uma significativa participação de 21,46% no PIB do país (CEPEA, 2015).

Pib do agronegócio

É bastante significativo levar em consideração que o conceito de agronegócio não define nenhuma classe especifica de produtor rural, indústria agrícola ou alguns prestadores de serviços, não dependendo do tamanho da área, volume de produção, renda e tecnologia adquirida, ou seja, na agropecuária em especifico, engloba o que chamamos de agricultura empresarial, pequena agricultura, agricultura familiar, além dos outros agentes da cadeia produtiva.

No início da agricultura o setor rural priorizava apenas a propriedade agrícola em seu negócio, hábitos que foram transformados no decorrer dos anos, dando-se lugar ao que conhecemos como cadeia produtiva, que inclui o consumidor no processo juntamente as inter-relações entre os diversos elementos da cadeia (Ribeiro, 1997).

A atual agricultura que vem sendo praticada e desenvolvida no Brasil elevou o país com o status de um importante fornecedor mundial de alimentos, tornando um país como o terceiro exportador de produtos agrícolas, com desempenho expressivo nos últimos anos. (Dados da Organização Mundial de Comércio (OMC).

O agronegócio é subdividido em quatro segmentos:

  1. Insumos;
  2. Agropecuária;
  3. Indústria (de base agropecuária);
  4. Distribuição (transporte, comércio e serviços).

Todas as atividades envolvidas com a agricultura resultam em negócios, o que emprega uma grande complexidade sistemática que inclui as atividades internas realizadas na propriedade rural e as atividades externas, sendo executadas de fora da propriedade rural, que englobam a produção, armazenamento e comercialização dos produtos e insumos agrícolas.

Segundo Araújo (2003), a cadeia produtiva do agronegócio divide-se em três setores, conforme mostra a esquematização da figura abaixo:

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1 – Antes da porteiras da propriedade agrícola

Antes da porteira esta centralizado as grandes empresas, contendo um alto nível tecnológico, e que retém a maior parte do mercado de agronegócios.

2 – Dentro da porteira da propriedade agrícola

Dentro da porteira estão os produtores, as fazendas em si, que compram do fornecedor e vendem ao consumidor, eventualmente podendo existir um atravessador. Definido como o elo mais fraco da cadeia de agronegócio, os produtores deixam de ganhar em alguns casos, já que dificilmente se organizam em cooperativas ou associações como deveriam (quadro com mudanças).

3 – Fora da porteira da propriedade agrícolas

Fora da porteira é um momento em que os esforços compreendem todas as relações voltadas ao armazenamento e distribuição, incluindo a logística.

Uma das grandes dificuldades dos produtores está no conceito da visão financeira. Por exemplo, na hora da compra dos insumos, geralmente, os produtores perguntam “quanto custa o produto” aos fornecedores,  e ao vender para os seus parceiros comerciais, na maioria das vezes, distribuidores e supermercadistas, perguntam “quanto você paga?”. Em consequência, acabam deixando de ganhar mais “Antes da Porteira, Dentro da Porteira e Fora da porteira”, já que não constroem preços conforme previsto pela administração financeira.

Existe uma deficiência de maior profissionalização no campo, isso se dá na gestão administrativa da propriedade rural quanto na área de sistemas de informação, que atualmente se destacam no desenvolvimento de soluções colaborativas para toda a cadeia produtiva de alimentos.

As transformações iniciam pela mudança de postura e mentalidade do produtor rural. Suas atitudes e comportamentos são determinantes para a passagem de um sistema de produção tradicional para um sistema moderno, operando de forma estratégica, buscando uma cadeia efetivamente produtiva, visando atender o consumidor final com segurança e qualidade.