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Auditorias em Sistemas de Gestão da Qualidade: Pilar estratégico para a segurança dos alimentos

Em um cenário onde o consumidor está mais atento ao que consome e as exigências regulatórias crescem continuamente, garantir a qualidade e a segurança dos alimentos deixou de ser apenas um diferencial: passou a ser condição básica para a permanência no mercado. Nesse contexto, as auditorias em sistemas de gestão da qualidade ganham protagonismo como ferramentas estratégicas para prevenir riscos, fortalecer processos e manter a confiança do público.

As auditorias de qualidade ajudam a mapear processos, identificar ineficiências e, principalmente, alinhar a operação às normas técnicas, sanitárias e de boas práticas. Quando bem conduzidas, transformam-se em oportunidades de melhoria contínua, especialmente em setores como a indústria de alimentos, onde qualquer desvio pode comprometer a saúde pública e a imagem da marca.

Tipos de auditorias e suas finalidades

Entre os principais tipos de auditoria, destaco a auditoria interna ou auditoria de 1ª parte. Realizada pela própria empresa, com foco em autoavaliação e preparação para inspeções externas.

Essa é a principal ferramenta que vai fornecer os dados que você precisa para alcançar a qualidade desejada do seu processo e produtos

Além disso, a auditoria de 1ª parte irá garantir a aprovação nas auditorias de cliente ou de 2ª parte, conduzidas por empresas que avaliam seus fornecedores, com foco em garantir padrões de fornecimento. 

Já uma auditoria de 3ª parte é feita por organismos independentes para atestar conformidade com normas como ISO 22000, FSSC 22000 ou BRCGS.

Algumas dicas importantes para conduzir um efetivo programa de auditoria interna:

  • Defina uma frequência, um cronograma com datas, carga horária e quem vai conduzir a auditoria;

  • Use um checklist, é uma ferramenta importante para visualizar a evolução da qualidade através de um sistema de notas além de garantir que a auditoria seja realizada em todo o processo. Nada pode ser esquecido!

  • Elabore um checklist baseado na sua realidade: suas instalações, moveis, equipamento e principalmente em seu manual e procedimentos. Também é fundamental que esse checklist leve em conta a legislação e a eventual norma de certificação utilizada pela empresa;

  • Diferentemente de uma auditoria de certificação, que é amostral, sua auditoria interna deve ser completa. Todos os processos, registros e departamentos devem ser auditados integralmente. Sendo assim, monte um cronograma em partes. Não audite a empresa completa em uma empreitada. Fica desgastante e em geral perde-se o foco. Divida a auditoria interna no decorrer do ano ou semestre (dependendo da frequência estipulada) por departamentos ou processos ou mesmo por áreas ou setores.

O papel da evidência objetiva

Um dos pilares da auditoria eficaz é a coleta de evidências objetivas. Sem indicadores claros, dados rastreáveis e registros consistentes, qualquer relatório corre o risco de ser apenas uma formalidade. Ao contrário, quando bem estruturada, a auditoria torna-se uma aliada da gestão, fornecendo insumos confiáveis para a tomada de decisão e construção de planos de ação.

Mais do que cumprir norma: criar cultura

Auditorias eficazes não apenas garantem conformidade com legislações como RDC 275/2002 da Anvisa ou normas internacionais de segurança dos alimentos. Elas estimulam uma cultura de responsabilidade coletiva, onde a segurança é compreendida como um valor compartilhado por toda a equipe — da gestão à linha de produção.

Resultados que vão além do papel

A análise dos relatórios de auditoria permite identificar padrões, prever falhas recorrentes e propor ajustes antes que se tornem crises. Em um setor onde a reputação se constrói pela confiança, investir em auditorias técnicas significa preservar não apenas a saúde do consumidor, mas também a saúde do negócio.

A qualidade não é um destino, é um caminho. E a auditoria é uma das trilhas mais seguras para percorrê-lo.