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Boas Práticas Agrícolas (BPA): o que são e porque aplicá-las

Com o avanço da agricultura, surgiu a necessidade de obter um controle maior em relação a qualidade e segurança dos produtos fornecidos, levando até a mesa do consumidor final um alimento livre de impurezas e benéfico à saúde.

Pensando em adequar todas as medidas relacionadas a qualidade e segurança dos alimentos é que surgiram as boas práticas agrícolas (BPA). 

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O objetivo dessas medidas é aumentar efetivamente a produtividade das lavouras, reduzir o prejuízo à saúde dos trabalhadores envolvidos no plantio e colheita e também do comprador. Podendo assim, gerar menos impacto ao meio ambiente. 

Neste artigo, você entenderá os cuidados e diferenças que cada cultura exige na hora do plantio, para assim seguir as boas práticas agrícolas e quais os benefícios em aplicá-las. Confira a seguir.

O que são as BPA’s

As boas práticas agrícolas são um conjunto de técnicas desenvolvidas para estabelecer critérios de segurança e qualidade, não somente dos alimentos, mas de todo o processo que envolve a produção alimentar, desde a plantação até chegar no cliente final. 

A adoção dessas práticas minimiza riscos de contaminação e conserva os recursos naturais, evitando desperdícios e contribuindo com o desenvolvimento econômico da lavoura.

Para entendermos sobre a aplicação das boas práticas é necessário falar sobre alguns critérios técnicos. Vamos ver?

Preparo do solo

Para que um plantio seja bem sucedido, o primeiro passo é observar o preparo do solo. 

Verificar se o solo é adequado para o plantio de determinada cultura, se o solo é fertil e quais as características desse solo (arenoso, humoso, argiloso).

Profundidade e qualidade do solo também são pontos importantes no momento do plantio.

Juntamente com o preparo do solo, é essencial que haja a limpeza do terreno de acordo com o aspecto de cada solo, geralmente a etapa de limpeza é realizada, no mínimo, 6 meses antes do plantio.

Uso de agrotóxicos

De acordo com a Lei 7802/99 ‘agrotóxicos são todos os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos destinados ao uso nos setores de produção, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos.’

A legislação estabelece uma série de medidas para validar o uso de defensivos, desta maneira, o produtor consegue adequar e adotar as boas práticas agrícolas.

>> Período de Carência na Agricultura: entenda o que é e como monitorar

Controle de ervas daninhas

Alguns erros comuns entre os agricultores, com relação ou uso inadequado de defensivos ou falha no momento da aplicação, podem ser evitados se houver um controle apropriado. 

Para que o produtor evite a proliferação de pragas é necessário que haja um monitoramento da lavoura e um conjunto de técnicas que podem ser desenvolvidas.

Algumas delas envolvem a identificação das ervas daninhas, aplicar inseticidas na quantidade correta, e até mesmo higienizar equipamentos para evitar disseminação entre o cultivo. 

Com o controle do crescimento das ervas daninhas, a lavoura pode reduzir em até 90% o número de perdas. 

Manuseio integrado de pragas (MIP)

O manuseio integrado visa manter o plantio saudável, equilibrado e livre de invasores através da redução e controle da proliferação de agentes causadores de danos, dessa forma, o produtor está alinhado com as políticas de boas práticas agrícolas.

A ação dos agricultores é baseada em alguns fatores como mortalidade natural, nível de controle, monitoramento e características da praga. O reconhecimento de um alvo específico evita uso exagerado de defensivos. 

Além desses cuidados, os produtores prezam pelo uso de sementes resistentes a infortúnios, controle biológico e em última opção utilização de controle químico. 

Cultivo protegido 

O cultivo protegido pode ser utilizado em áreas onde as condições climáticas são desfavoráveis, e o controle é reduzido devido a mudanças drásticas de temperatura. 

A principal característica desse tipo de cultivo é a proteção ao plantio, maior cuidado e controle de nutrientes, também auxilia na redução da incidência de pragas, possibilitando a economia em insumos, podendo assim, colaborar com o faturamento da lavoura. 

Existem vários tipos de controle protegido (aeropônico, direto no solo, hidropônico, etc.), cada um com sua especialidade e aplicação em cada cultura. 

Colheita e pós-colheita 

Esse é o momento onde colhem-se os frutos, literalmente. Nesta etapa, o cuidado é para que a cultura seja preservada até chegar ao consumidor final. 

Aqui, o uso de ferramentas adequadas para a colheita de cada cultura deve ser observado. Além disso, também é importante se atentar para o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) durante a realização da colheita, evitando acidentes e/ou perda de produto devido às contaminações. 

O cuidado do produtor, aliado ao uso de equipamentos de proteção adequados durante todo o processo de plantio, manejo e colheita também é uma forma de se adequar às boas práticas agrícolas. 

>> O que é entressafra e como planejar sua cultura durante esse período

Porque aplicar as BPA’s no seu dia a dia

Seguir essas diretrizes traz uma série de benefícios tanto para o produtor quanto para o comprador. 

Um dos grandes benefícios é a questão da segurança para os envolvidos no processo de produção, por meio da atenção aos agentes químicos e biológicos, o cuidado com a utilização de EPIs e aplicação adequada de defensivos, desempenhar as boas práticas agrícolas apoia no aumento do faturamento do produtor. 

A receita do produtor está diretamente relacionada com a sua produtividade e com a quantidade de desperdício que a lavoura evita, adotando as boas práticas o produtor pode acompanhar e driblar os desperdícios na sua safra. 

Com as Boas Práticas Agrícolas o produtor sempre sai na frente! 

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