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5 maiores erros na consultoria agrícola - PariPassu

Escrito por Camila Barros e Wladimir Oliveira | 15/01/20 13:28

O trabalho do consultor é um constante desafio, é preciso solucionar problemas, estruturar projetos e manter-se atualizado sobre novos produtos e tecnologias. Para quem atua no setor de produção agrícola o desafio é ainda maior: devem ser levados em consideração fatores como cultura de cultivo, sazonalidade e região.

Grande parte dos consultores cometem erros que poderiam ser evitados caso fossem previamente orientados.

Está sem tempo para ler? Sem problemas! Disponibilizamos um player para que você possa ouvir e ficar por dentro do assunto.

Você já teve dificuldade em replicar uma solução adotada em um produtor para outros projetos? Ou já teve algum cliente que não percebeu o valor do seu serviço?

Fique atento! Essas situações podem acontecer com você e demais consultores dessa área. Se você quer entender quais são os 5 erros mais comuns para quem está começando ou já atua nesse ramo, continue lendo esse post e saiba quais medidas devem ser adotadas para que não aconteçam com você.

 

1. Não levar em conta as particularidades da produção

 

Quando falamos de consultoria para produção agrícola, cada caso é um caso e as particularidades climáticas, biológicas e físicas da produção não devem ser deixadas de lado!

O primeiro passo é realizar um diagnóstico profundo através de uma visita técnica para que você entenda como são realizadas as atividades de manejo e o que precisa ser aprimorado. A visita deve incluir uma análise documental e entender se a produção está de acordo com as legislações vigentes.

Alguns pontos não podem ser avaliados somente na visita técnica. Selecione um laboratório especializado e garanta com que produtor realize análises de resíduos químicos, microbiológicas, água, solo e outras que forem necessárias.

Além disso, verifique onde se localiza a estação meteorológica mais próxima e solicite o levantamento meteorológico da região para mensurar fatores que influenciam diretamente nas atividades na produção, como a precipitação acumulada na safra e temperatura média em um período.

Fique atento às culturas para determinar quais insumos e boas práticas devem ser adotadas.

Isso sem esquecer da sazonalidade e região em que se localiza a produção, já que são alguns dos fatores mais importantes para alcançar resultados positivos no final de uma safra, por exemplo.

Atenção: alinhe com o produtor o que ele deseja e espera da consultoria para fazer com que os investimentos e as decisões tomadas sejam assertivas!

 

2. Não envolver o produtor no projeto

 

Como consultor, o desenvolvimento do seu trabalho deve funcionar de forma gradativa e educativa. Envolver todos que trabalham na produção é fundamental para alcançar bons resultados.

O produtor precisa executar e entender o porquê das mudanças adotadas. Isso faz com que o mesmo se motive e acompanhe a sua melhoria continuamente.

Imagine só: você diz ao produtor que a partir de hoje ele precisa registrar as atividades de manejo em um plano de manejo. Se ele não for instruído sobre a importância dessa atividade, esse processo será apenas mais um obstáculo na rotina pesada que já possui.

Por outro lado, se você explicar que o plano de manejo é a principal forma de controle das atividades de manejo, e serve como um guia para entender quando é necessário fazer a colheita, respeitando o período de carência, por exemplo, a percepção do produtor em relação a essa atividade será totalmente diferente. 

Além disso, não é o intuito da consultoria fazer com que o produtor se torne dependente do seu trabalho. É preciso que ele aprenda o que é necessário e tenha autonomia para dar continuidade às melhorias implementadas. Dessa forma o trabalho não se perde com o tempo.

 

3. Falha de comunicação

 

Existem diferentes produtores quanto ao nível de instrução, uso de tecnologias e experiências. Entenda qual é a linguagem ideal para se comunicar com o mesmo.

Para que o projeto dê certo, não podem restar dúvidas. Isso, muitas vezes, requer a adoção de uma linguagem menos técnica e mais simples e direta.

Além disso, a falha na comunicação também ocorre devido a falta de clareza quanto ao cronograma de trabalho. Defina quais atividades precisam ser executadas, qual a sequência dessas atividades e organize em um cronograma.

Isso garante com que os prazos estipulados sejam cumpridos e o produtor não fica com a impressão de que o projeto não está evoluindo. 

Lembre-se: Na maioria das vezes o consultor é contratado para resolver um problema “para ontem”, por isso a velocidade de entrega deve ser o seu diferencial!

 

4. Ausência de metodologia

 

A falta de planejamento em um projeto de consultoria compromete a evolução do produtor e os prazos estipulados. Ou seja, é preciso ter um padrão de acompanhamento. 

Vamos pensar juntos: se você faz uma visita técnica e analisa pontos como organização da produção, registros das atividades de manejo e utilização de insumos, esses controles devem ser analisados periodicamente, levando em consideração os resultados anteriores.

Quantas vezes você já visitou um cliente e esqueceu de anotar ou fotografar algum ponto? A avaliação sem registros se perde ao longo do tempo!

Utilize um checklist com todos os pontos que são necessários verificar na propriedade. Assim você terá dados claros para definir se a estratégia está adequada ou se precisar fazer alguma alteração, que seja feita o quanto antes.

 
Checklist de visita técnica obtido a partir da ferramenta CLICQ da PariPassu.
 

Isso sem falar nas legislações! Lembre-se de que essa é a base para bons resultados na produção agrícola. De acordo com a INC n° 02 / 2018, por exemplo, a rastreabilidade deve ser assegurada para todos os elos da cadeia produtiva. Ou seja, esse ponto deve estar incluso no seu planejamento de ações.

Muitas vezes o registro de todas essas verificações realizadas no papel acabam tornando se uma armadilha para o consultor que, ao precisar de um registro específico, acaba não encontrando-o. 

Através da solução CLICQ, todas essas visitas de acompanhamento ao produtor são realizadas de forma automatizada, mantendo gráficos e tabelas de acordo com o desempenho do mesmo. 

 

5. Os resultados não ficam claros para o produtor

 

Por último, mas não menos importante, um erro bastante comum entre os consultores é não trazer os resultados de evolução do cliente de forma clara. 

Imagine só: você faz todo um trabalho de implementação de melhorias na produção e o produtor não consegue enxergar valor, porque não tem dados reais comparando a sua evolução mês a mês.

A partir do momento que você traz indicadores de desempenho, exibindo de forma objetiva as melhorias obtidas, o jogo vira! Quando você apresentar a evolução da nota de qualidade e planos de ações a partir de não conformidades mês a mês, por exemplo, você se torna a maior referência do produtor no quesito qualidade.

 
Indicadores de desempenho obtidos através da ferramenta CLICQ da PariPassu.
 

O importante é que o relatório de resultados da produção seja elaborado de forma simples e visual. O produtor precisa bater o olho e entender como está o seu desempenho!

Como você pôde perceber o foco em resultados é a alma do consultor. Mas, para alcançar os mesmos, é preciso que um conjunto de aspectos estejam alinhados: particularidades da produção agrícola, cronograma de trabalho, comunicação entre produtor e consultor e uma metodologia bem estruturada.

A percepção de valor do seu trabalho é a melhor estratégia para lhe estabelecer como referência na área. A qualidade na entrega acaba sendo a sua melhor propaganda, já que um produtor satisfeito indica outros produtores e procura você novamente para novos projetos.

 
 

 

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