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Contaminação química e microbiológica: saiba como evitar

Quando abordamos o tema ‘qualidade dos alimentos’, há vários aspectos a considerar, sendo a segurança talvez o mais crucial. 

Para assegurar essa preocupação ao consumidor, é essencial estar atento às boas práticas e às legislações que regulamentam os riscos, incluindo a contaminação química e microbiológica dos alimentos.

Vamos ver o que são cada uma delas? 

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Contaminação Química

A contaminação química consiste na presença de substâncias estranhas ou de toxinas produzidas por microrganismos em alimentos. Em frutas, legumes e verduras (FLV), os principais perigos químicos são agrotóxicos utilizados indevidamente, metais pesados e fertilizantes nitrogenados. 

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), desenvolveu uma cartilha sobre perigos na produção alimentar, nela constam informações importantes sobre o acumulo dessas moléculas no corpo humano e as reações que elas podem causar, como: alergias, aborto, deformação em fetos e, a longo prazo, até câncer.

>> Boas Práticas Agrícolas para Produção de Alimentos Seguros no Campo

Os sintomas podem variar de acordo com a quantidade ingerida, a idade do consumidor e até mesmo o tempo de exposição.

Para evitar que essas contaminações químicas ocorram existe uma legislação direcionada a assegurar o uso adequado de agrotóxicos. 

Essa legislação estabelece os limites máximos de resíduos (LMRs) permitidos e quais ingredientes ativos são autorizados para cada tipo de cultura, além de outras exigências que garantem a segurança do produto. 

>> Limite máximo de resíduos (painel)

As medidas para reduzir riscos de contaminação incluem obedecer o período de carência definido na bula do defensivo agrícola. Além desses cuidados, é importante salientar que os responsáveis pela aplicação dos agrotóxicos estão sujeitos a contaminação por contato direto e, portanto, devem utilizar equipamentos de proteção adequados.

Em uma iniciativa governamental, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por meio do Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos em Alimentos (PARA) realiza o monitoramento contínuo dos produtos nos supermercados visando obter dados que sirvam como indicadores da qualidade dos alimentos. 

Esses dados são utilizados para avaliação e para a implementação de medidas educativas que visam promover o uso correto dos defensivos agrícolas.

Para controlar os níveis de metais pesados nos alimentos produzidos, é necessário realizar análises diárias e compará-las com os limites estabelecidos na Instrução Normativa Nº88, DE 26 DE MARÇO DE 2021.

>> IN Nº 88/2021 

A contaminação química por essas substâncias pode ocorrer devido à presença dos metais pesados nos agrotóxicos utilizados, bem como de fontes presentes no solo ou na água utilizada durante a produção. Identificar a origem da contaminação é de suma importância para tomar medidas corretivas o mais rápido possível.

Contaminação microbiológica

A contaminação microbiológica dos alimentos ocorre devido a presença de microrganismos nos alimentos a serem consumidos. Esses organismos podem ser encontrados de diversas formas: bactérias, fungos, vírus e parasitas. Como seres vivos, possuem o objetivo de se alimentar, respirar, crescer e se reproduzir.

Considerando essa perspectiva, a fim de prevenir essa contaminação, é crucial evitar fornecer as condições ideais para a multiplicação desses organismos e para que causem danos adicionais ao produto e ao consumidor. No entanto, como devemos lidar com eles de forma adequada?

As bactérias podem ser encontradas no solo, sendo geralmente úteis promovendo a fertilidade do mesmo. No entanto, também são responsáveis por ocasionar doenças em humanos como infecções intestinais causadas por bactérias do gênero E. coli, por exemplo, indicativa de contaminação fecal. 

Com o objetivo de minimizar ao máximo essas situações, é válido dar atenção a alguns pontos:

  • Higiene dos responsáveis pelo manejo e colheita;
  • Uso de água contaminada por esgoto na irrigação;
  • Cuidado com o uso de esterco como adubo.

>> Boas Práticas Agrícolas (MAPA) 

Os fungos, por sua vez, são microrganismos que podem produzir micotoxinas prejudiciais à saúde humana e animal e requerem um ambiente úmido e dentro de uma faixa de temperatura ideal para reprodução e proliferação.

Dessa forma, combater efetivamente esse tipo de contaminação microbiológica dos alimentos, especialmente em grãos, que são uma cultura altamente suscetível a fungos, requer ações como o controle das condições de transporte e do ambiente de armazenamento.

Culturas conduzidas para uso como cereais - o milho, por exemplo - podem passar por secadores, que reduzem a umidade, em um pré-tratamento até chegar à indústria que processará o alimento.

No entanto, com o intuito de evitar doenças fúngicas ainda durante o cultivo, artifícios como fungicidas são amplamente utilizados, porém, seu uso deve estar de acordo com a legislação que regulamenta esse assunto.

Os efeitos dos microrganismos também podem ser, em grande parte, deteriorantes. Nos alimentos, isso resulta em alterações nas características sensoriais, como cor, sabor, aroma e textura, reduzindo assim o tempo de vida útil - o período seguro para o consumo.

Levando em consideração todos esses aspectos relacionados à contaminação química e microbiológica, é de extrema importância cumprir os padrões microbiológicos estabelecidos pela RDC Nº 724, DE 1º DE JULHO DE 2022, e pela Instrução Normativa Nº 161, DE 1º DE JULHO DE 2022. Essa medida tem como objetivo assegurar a produção de alimentos com maior qualidade e segurança.

Ficou com dúvidas em relação a essas legislações? A ANVISA disponibilizou um documento que ajuda a esclarecer suas dúvidas.

>> Perguntas e Respostas (ANVISA)

O cuidado para evitar que as contaminações químicas e microbiológicas ocorram acontece no setor de qualidade da sua empresa.

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>> Guia de Capacitação de Manipulação de Alimentos